terça-feira, janeiro 30, 2007

Iódice

O ponto de partida para a coleção apresentada pela Iódice é o universo de Blow up, clássico de Antonioni, lançado em 1966.



Uma referência ao filme aqui e acolá, materializada em tecidos dourados, minicomprimentos e calças sequinhas de cintura alta, mais a colagem de tendências do verão europeu e o resultado é uma coleção de apelo comercial, sem muita originalidade.



O look desfilado por Carol Trentini, abaixo, é hit certo.

SPFW - 26/01/07

No 3° dia do evento, Glória Coelho, Tereza Santos, Érika Ikezelli, Alexandre Hercovitch, Iódice e Ronaldo Fraga apresentaram suas coleções. Veja os detalhes.

Patricia Vieira

Peças emprestadas do vestuário masculino - como gravatas - xadrezes, veludo, couro e cintura marcada definem a coleção desenhada por Patricia Vieira. O objetivo é tornar as mulheres extremamente elegantes.

Patricia também aposta nas bermudas na altura dos joelhos, que aparecem em tons sóbrios, como preto e xadrez verde escuro. Álias, a cartela de cores tem vermelhos e muito preto. Rabos de cavalo completam os looks.

Ellus

A marca propõe o domínio das coisas da natureza sobre ao caos urbano como inspiração e quer fazer isso de forma escapista. Quem esperava, por causa do discurso, peças de sabor bucólico, em tons idem, se surpreendeu.



A Ellus acabou construindo uma coleção de enfoque bem urbano, como o que a consagrou. Parkas, casacos, calças skinny e - pasmen! - polainas, são as prévias dp que vai dominar as araras da marca no outono-inverno.

SPFW - 25/01/07

2º dia de desfiles. No feriado de aniversário da cidade, desfilaram Raia de Goeye, Patrícia Vieira, Ellus, Cori, Zoomp, Triton e Lino Villaventura. Confira as resenhinhas do Oy Gevalt!

domingo, janeiro 28, 2007

Osklen

De todas as marcas da semana de moda, foi a Osklen que encampou de maneira mais entusiasta o discurso da sustentabilidade.


A marca trouxe para as passarelas as amazon guardians, muma brigada urbana contra a degradação ambiental.




Malha de pet reciclada e lã orgânica e outros tecidos desenvolvidos a partir de matériais sustentáveis são a aposta da marca.

As proporções são as de sempre - pelo menos, por ora - shorts e calças skinny.

Forum

O traço minimalista de Oscar Niemeyer inspira a coleção outono-inverno da Forum. O resultado: cortes com precisão arquitetônica e peças de forte apelo comercial.




Dos vestidos curtos às blusas e calças, as peças vestem mulheres de todas as idades e vão vender bem.


Fause Haten

Na contramão dos microcomprimentos – tendência onipresente na temporada européia e nas semanas de modas no Rio e em São Paulo – Fause Haten apresentou uma inspirada coleção de longos amplos e vaporosos.




Leveza é a palavra de ordem e as décadas de 20 e 80, referência. O perfume oriental, como apregoa a marca, vem nos soruéis de seda.



Giselle Nasser

Microcomprimentos e botas. Eis a equação da bem-sucedida coleção outono-inverno de Giselle Nasser.




A inspiração é a noite e a cartela de cores, vibrante: o inverno de Giselle tem roxo, azul, verde e cereja. Os vestidos – de corte amplo ou com cintura marcada – são graciosos, leves. As saias são arrendondadas e levemente volumosas.




No encerramento do desfile, Giselle apareceu linda,com vestido de saia balonê e cintura marcada.

UMA, por Raquel D.

Fragmentos do tempo. Essa é a inspiração de Raquel Dawidowicz para o inverno da UMA.



A cartela de cores tem tons de cinza e algum vermelho e os modelos são mezzo esportivos, mezzo sofisticados.


Reinaldo Lourenço

Elegância de inspiração eduardiana em desfile preciso, com cortes austeros e masculinos. Assim, Reinaldo Lourenço mostrou porque é um dos melhores criadores brasileiros.



Botas, meias calças ou calças de couro,como a que você vê acima, completavam os looks.

Um aspecto da coleção é paradoxal e por isso, interessantíssimo: apesar dos cortes masculinos, a coleção resgatou a feminilidade, com uma coleção de vestidos lindos.






A delicadeza ficou por conta dos modelos mil folhas e plissados, com babados e evasê.



SPFW - 24/01/07

Reinaldo Lourenço, Uma por Raquel D., Giselle Nasser , Fause Haten, Forum, Osklen e a coleção feminina de Alexandre Herchcovitch abrem a semana de moda em São Paulo.

Confira a seguir o que rolou em cada um dos desfiles.

sexta-feira, janeiro 26, 2007

Superblog

Uma das iniciativas mais bacanas dessa edição da SPFW é o Superblog, site de cobertura do evento com conteúdo colaborativo (o Oy Gevalt! adora), produzido por blogueiros do Brasil e do exterior.

Dessa vez o Oy Gevalt! não foi convidado, tudo bem. Blogs amigos, como o About Fashion, estão entre os convocados pelo Superblog e se encarregam de cobrir a semana com uma perspectiva nova, outsider, sabe?

Fora do ar

Esse servidor encontra-se temporariamente fora do ar.

O Oy Gevalt! vive ansioso pra postar, mas problemas com o computador têm atrapalhado a vida desta blogueira.

Aguardem o fim do embate Oy Gevalt! x A Máquina e por ora se contetem com comentários escritos às pressas, antes do horário de almoço.

quarta-feira, janeiro 24, 2007

SPFW

A SPFW começa hoje e levanta a bandeira da sustentabilidade.

Veja a cobertura neste blog.

domingo, janeiro 21, 2007

Nada novo, de novo

O saldo da temporada de moda carioca: desfiles pouco criativos – porque não é de bom tom classificá-los de sem graça – culpa do excesso de fórmulas prontas, repetidas incansalvemente.

Uma pena! A muito, a indústria fashion brasileira se esforça para produzir uma moda verdadeiramente nacional, o que não significa celebrar a cor local, mas conceber uma identidade para a moda no país e desse modo, projetá-la internacionalmente.

No inverno pouco criativo do Rio, o originalidade deu lugar à decantada equação: inverno, igual a cinza chumbo. A cartela de cores da temporada trouxe variações do cinza, muito preto, algum branco e tons de uva e vinho.

É preciso fazer uma ressalva: marcas como Theodora e Sommer apresentaram coleções vibrantes e injetaram um pouco de cor ao pálido verão carioca. Thais Losso se inspirou na psicodelia para criar uma coleção que poderia dar errado, afinal a marca da qual é criadora tem no nome a assinatura de seu ex-proprietário, Marcelo Sommer, dono de uma pegada muito peculiar, algo lúdica e escapista.

E parece que os estilistas do Fashion Rio resolveram prestar tributo à década de 60. Explícitas ou veladas, as referências foram vistas na onipresença dos microcomprimentos – tendência que, não custa dizer, foi importada das coleções do hemisfério norte.

Dos tubinhos à Paco Rabane ao estilo mod, reeditado por Layana Thomaz, passando é claro, pela Sommerland de Thaís Losso, os anos sessenta são a aposta do Rio para o inverno. Sem muita invencionice, é claro.

sexta-feira, janeiro 12, 2007

Mods na Moda

Essa é a aposta da estilista Layana Thomaz - um dos nomes mais promissores da moda carioca - para o Fashion Rio, que começa domingo.

A coleção Ninguem entende os mods é inspirada na turma dos anos 60 que amava moda e música, e é uma das mais esperadas do line-up da semana de moda da cidade.

Como Layana, uma geração de novos estilistas desponta na cena carioca, injetando frescor na moda produzida no Rio.

O resultado: roupas de referências diversas com DNA carioca. "Despretensão e ironia são elementos essenciais desse estilo de viver que o Rio exporta", disse Layana em uma entrevista à Folha de S. Paulo.

A semana acaba na sexta que vem, dia 19. Depois tem maratona de desfiles no exterior e SPFW.

sábado, janeiro 06, 2007

Agora chega! É hora do primeiro post do ano

O Oy Gevalt! começa o ano preguiçoso e repleto de dúvidas. Vamos ao post que inaugura o ano.

A revista dominical do The Guardian proclama: Kele Okereke, vocalista do Bloc Party, vai ser o cantor mais quente do ano. Será que a previsão se confirma? Leia a matéria aqui.

O primeiro álbum da banda, "Silent Alarm", nasceu da tentativa de responder à uma pergunta que Okereke se fazia com frequência: o que é ser jovem no mundo ocidental? Pergunta difícil, ainda mais para ele, filho de imigrantes nigerianos.

E artigo do caderno de estilo do New York Times publicado na quinta-feira questiona: de onde emergem as tendências? O autor do texto, Guy Trebay, responde: do nada. Para ele, a moda não vem mais das passarelas, se é que já veio algum dia, coisa que o Oy Gevalt! defende entusiasticamente (Veja o post Os trend-setters das ruas).

O estilo de músicos, nem sempre modelos irretocaveis de elegância, por exemplo, é combustível para criação de modismos, rapidamente copiados pelo mundo.

Hoje no NYT, mais moda: Health Guidelines Suggested for Models , matéria sobre um grupo recém-formado pelos integrantes do Conselho de Estilistas Americanos que vai tentar estabelecer parâmetros para desencorajar ideais de beleza que celebrem a magreza, o que já se viu em Madrid e Milão.

O texto lembra que a discussão em torno da necessidade de criar hábitos saudáveis em ambiente em que predomina dieta à base de champange e cigarros foi levantada pela morte da modelo brasileira Ana Carolina Reston.

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Local: São Paulo, SP, Brazil
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